Retratos biográficos
Lygia com 1 ano de idade, na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde nasceu e viveu sua primeira infância.
Ao completar 8 anos, sua família se mudou para o Rio de Janeiro, “… ao nos mudarmos para o Rio, fomos morar em Copacabana e eu logo me entreguei ao mar, à praia e à vida do bairro de tal maneira que parecia até que o planeta Terra tinha um só nome: Copacabana”.
Com 9 anos, exibindo uma fantasia de cigana criada por ela mesma. (“… quando criança e adolescente eu adorava brincar carnaval e criar as minhas próprias fantasias…”).
Aos 19 anos, tomada pela paixão do teatro.
Logo após ser escolhida para estrelar a peça inicial do Teatro Duse, criado por Paschoal Carlos Magno (o fundador do Teatro do Estudante no Brasil), Lygia foi contratada para a companhia profissional Os Artistas Unidos.
Com Fernanda Montenegro, Henriette Morineau e Laura Suarez, entre outros, numa peça encenada por Os Artistas Unidos.
Aos 21 anos, por ocasião do seu primeiro casamento.
Após abandonar sua carreira de atriz, Lygia passou 10 anos escrevendo para rádio e televisão. “… naquele tempo escrever/criar personagens era, pra mim, uma forma de sobreviver e de poder construir a casa que eu queria pra morar (a Boa Liga); só depois, quando eu abracei a literatura, é que eu me dei conta que escrever/criar personagens era muito mais que um jeito de sobreviver: era – e agora sim! – o jeito de viver que eu, realmente, queria pra mim.”
Aos 33 anos Lygia foi morar “lá no fim de um vale, nas montanhas do Estado do Rio: tinha chegado a hora de viver agarrada com a natureza”.
Tempos depois ela fundava, junto com seu segundo marido, “um inglês ótimo que o acaso fez bater naqueles verdes”, uma pequena escola rural chamada TOCA, que os dois mantiveram durante 5 anos.
Em 1982 Lygia se mudou para a Inglaterra; “foi lá que eu compreendi por inteiro que o escritor é cidadão da sua língua; comecei então a alternar o meu tempo de Londres com o meu tempo de Rio; mas não ouvir a minha língua foi ficando uma penalidade cada vez maior, então fui esticando cada vez mais o meu tempo de Rio, e agora, com a casa que eu criei pros meus personagens, quer dizer, com a editora, o meu tempo lá em Londres ainda se reduziu muito mais.”
O banco do descanso, em Hampstead Heath – o espaço londrino em cujas trilhas a autora costuma andar.
O pub, onde muitas vezes Lygia almoça, vizinho ao seu estúdio, o “Crow’s Nest”.
“Em 1988 eu tive uma coisa que, disseram, era uma recaída teatral”: Lygia escreveu e apresentou o monólogo Livro em palcos de bibliotecas, universidades e espaços culturais do Brasil afora e também no exterior, iniciando então uma nova etapa de seu trabalho e uma nova maneira de aprofundar sua relação com o livro – um projeto que ela chamou de As Mambembadas.
Ao longo da década de 90 Lygia desenvolveu mais três trabalhos dentro do projeto d’As Mambembadas, onde buscou juntar seus dois eus: a atriz e a escritora. Levou para o palco o livro de sua autoria Fazendo Ana Paz, representando os sete personagens da história; depois, escreveu e encenou De cara com a Lygia e Depoimento, ambos voltados para a teatralização do fazer literário. E de novo mambembou com essas apresentações intermitentes – feitas da maneira mais artesanal possível – pelo Brasil afora.
Em junho de 2002, na ocasião do lançamento de Retratos de Carolina – o livro de estréia da editora Casa Lygia Bojunga – a autora apresentou para o público o seu mais recente trabalho teatral: A entrevista, onde, durante mais de um hora, “dialoga” com um entrevistador invisível. Mais um solo da autora, “… minha trilha no palco é tão solitária quanto o ato da escrita…”
Quando a Casa iniciou a produção de Retratos de Carolina, a câmera de Peter registrou Lygia junto ao mar – exatamente no local onde, no livro, Lygia se despede de Carolina.
Também em junho de 2002 a CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) convidou Lygia para a representação teatral de Os colegas, comemorando os 30 anos de publicação daquele primeiro livro da autora. A câmera de Silvana Marques captou Lygia na platéia, com as flores comemorativas que a autora levou para sua casa acobertada por um livro: símbolo de uma pequena editora que se propõe guardiã dos personagens de Lygia Bojunga.
Em 26 de maio de 2004, Lygia Bojunga recebeu da Princesa Victoria, da Suécia, o prêmio ALMA
(Astrid Lindgren Memorial Award), o maior prêmio internacional jamais instituído em prol da literatura para crianças e jovens.
Discurso de agradecimento de Lygia durante a cerimônia da entrega do prêmio.
Também em 2004 Lygia recebeu o prêmio FAZ DIFERENÇA
(Personalidade Literária do ano)
Lygia e Peter (Rio, março de 2007)
Lygia e a embaixadora da Suécia, Margareta Winberg, cortando a fita inaugural da exposição Astrid Lindgren, durante o 9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens.
Lygia, no 9º Salão do Livro FNLIJ 2007, falando para seus leitores.
Lygia com uma turma de crianças do Instituto Lecca – Lapa/RJ, que vieram conhecer o projeto “Um novo nicho pra Santa“. Março/2008
Em conversa com o público, durante a primeira FLIST – Festa Literária de Santa Teresa, realizada em maio de 2009.
Lygia, por ocasião da homenagem que recebeu durante o Congresso Iberoamericano de Língua e Literatura Infantil e Juvenil, em Santiago do Chile – fevereiro de 2010.
Ordem do Mérito Cultural – OMC 2011
Lygia recebendo a medalha das mãos do prefeito de Recife, João da Costa, durante a solenidade, no Teatro Santa Isabel.
Foto da festa comemorativa de 10 anos do projeto Paiol de Histórias.
Lygia e sua amiga e ex-editora (J.O.) Maria Amélia Mello na Casa de Santa Teresa.
Novembro de 2012. Foto: Maria Lucia Lima
Lygia entre o escritor Luiz Raul Machado e a homenageada da FLIST 2013 – Festa Literária de Santa Teresa, Ana Maria Machado. Maio de 2013.
Fotos comemorativas dos 84 anos de Lygia Bojunga.